Caros diocesanos. Já iniciamos o mês de julho e os sinais da pandemia, sobretudo através de suas consequências, continuam vivos entre nós. No mês passado refletimos em diversas mensagens sobre o tema da santidade. Percebemos que o chamado à santidade é para todos os cristãos, como vocação comum e normal, a partir do nosso batismo, dentro do estado de vida pelo qual optamos. Por vezes o tema da santidade parece ter ficado muito distante de nós, como as imagens dos santos e santas nas alturas dos altares ou das paredes das igrejas. O Papa Francisco trouxe este assunto para bem perto de nós, deixando claro que todos fomos chamados por Deus à santidade e como ela pode e deve acontecer também hoje. O pontífice fala dos santos e santas “ao pé da porta”, dos que testemunham a santidade em meio ao Povo de Deus, no dia-a-dia de sua vida, frutificando em pequenos gestos ou passos da vida diária, onde se santificam no exercício responsável e generoso da missão de construir com Cristo o seu Reino de amor, justiça e paz para todos. Como diz Bento XVI: “A santidade não é mais do que a caridade plenamente vivida” (GE 21). Por isso não devemos ter medo de buscar a santidade, pois na vida há uma só tristeza: a de não ser santo/santa. Portanto, a vocação à santidade não é apenas para aqueles que praticam “virtude em grau heróico” e são elevados aos altares, como modelos e intercessores oficiais, mas para todos os batizados em Cristo, também você e eu.
É inevitável que este tema apareça no atual contexto da pandemia, que continua a ameaçar nossas vidas. Em primeiro lugar, é preciso ter presente que todas as realidades do nosso viver são oportunidades em que, com a graça de Deus, a santificação também se torna possível; e não seria diferente no momento histórico que vivemos. Nossa santificação se fará real na medida que tornamos viva a fé, a esperança e o amor no contexto da pandemia. Se olharmos para o calendário dos santos e santas, encontraremos inúmeras pessoas que se santificaram doando sua vida em tempos de peste ou numa dedicação incansável à saúde da população, sobretudo carente e sofredora. Como não pensar na santidade que pode estar acontecendo em tantas pessoas que se doam neste tempo para salvar vidas em hospitais, nas diversas casas de saúde ou mesmo nas famílias e comunidades, dedicando-se em serviços de ajuda mútua e de caridade?! Pensamos também na santificação de pessoas que prestam serviços essenciais para a vida humana no campo da alimentação, da higiene, dos diversos serviços públicos de primeira necessidade? Podemos perguntar-nos igualmente sobre o modo como vivemos a fé em nossos ambientes familiares, diante de novas dificuldades? E que atitudes de caridade tomamos em relação aos que convivem conosco ou estão em necessidade, próximos ou mesmo mais distantes? Como vai meu processo de santificação cristã em tempos de pandemia, bem “ao pé da porta”? Neste contexto, vem à memória o que lembra o documento Vita Consecrata de São João Paulo II: “O Senhor encontrado na contemplação é o mesmo que vive e sofre nos pobres... São Vicente de Paulo, por seu lado, gostava de dizer que, quando se tem de deixar a oração para ir prestar assistência a um pobre em necessidade, na realidade a oração não é interrompida, porque ‘se deixa Deus para ir estar com Deus’” (VC 82). As mesmas mãos que erguemos ao alto, em oração, são as que precisamos estender aos irmãos em necessidade. A verdadeira oração se expressa também em ações concretas de caridade e estas se alimentam com a oração e as sustentam na fidelidade. Sim, a pandemia pode ser um tempo de santificação, sobretudo pelo cuidado com a nossa vida e a do próximo. Comecemos em casa e em nossos relacionamentos de todos os dias.
É inevitável que este tema apareça no atual contexto da pandemia, que continua a ameaçar nossas vidas. Em primeiro lugar, é preciso ter presente que todas as realidades do nosso viver são oportunidades em que, com a graça de Deus, a santificação também se torna possível; e não seria diferente no momento histórico que vivemos. Nossa santificação se fará real na medida que tornamos viva a fé, a esperança e o amor no contexto da pandemia. Se olharmos para o calendário dos santos e santas, encontraremos inúmeras pessoas que se santificaram doando sua vida em tempos de peste ou numa dedicação incansável à saúde da população, sobretudo carente e sofredora. Como não pensar na santidade que pode estar acontecendo em tantas pessoas que se doam neste tempo para salvar vidas em hospitais, nas diversas casas de saúde ou mesmo nas famílias e comunidades, dedicando-se em serviços de ajuda mútua e de caridade?! Pensamos também na santificação de pessoas que prestam serviços essenciais para a vida humana no campo da alimentação, da higiene, dos diversos serviços públicos de primeira necessidade? Podemos perguntar-nos igualmente sobre o modo como vivemos a fé em nossos ambientes familiares, diante de novas dificuldades? E que atitudes de caridade tomamos em relação aos que convivem conosco ou estão em necessidade, próximos ou mesmo mais distantes? Como vai meu processo de santificação cristã em tempos de pandemia, bem “ao pé da porta”? Neste contexto, vem à memória o que lembra o documento Vita Consecrata de São João Paulo II: “O Senhor encontrado na contemplação é o mesmo que vive e sofre nos pobres... São Vicente de Paulo, por seu lado, gostava de dizer que, quando se tem de deixar a oração para ir prestar assistência a um pobre em necessidade, na realidade a oração não é interrompida, porque ‘se deixa Deus para ir estar com Deus’” (VC 82). As mesmas mãos que erguemos ao alto, em oração, são as que precisamos estender aos irmãos em necessidade. A verdadeira oração se expressa também em ações concretas de caridade e estas se alimentam com a oração e as sustentam na fidelidade. Sim, a pandemia pode ser um tempo de santificação, sobretudo pelo cuidado com a nossa vida e a do próximo. Comecemos em casa e em nossos relacionamentos de todos os dias.
Dom Aloísio Alberto Dilli
Bispo de Santa Cruz do Sul