No dia 31 de maio comemoramos o Dia Mundial de Combate ao Fumo. Para nós, Diocese de Santa Cruz do Sul, mais do que combate, o dia é de reflexão. Reconhecemos os malefícios do cigarro para a saúde das pessoas. Mas também não ignoramos a importância do tabaco para a economia da região. Muitas são as pessoas que tem sua vida abreviada por causa de doenças advindas do cigarro, mas também são muitas as pessoas que melhoram sua expectativa de vida por causa do trabalho no cultivo e beneficiamento do tabaco.
Uma das coisas boas que aconteceu nos últimos anos foi a proibição do uso do cigarro em ambientes fechados. Podemos, assim, ir tranquilamente a restaurantes, festas e reuniões sem medo de voltarmos com as roupas encardidas pelo cheiro de cigarro. Com isso também estamos sendo poupados da fumaça do cigarro que nos transforma em fumantes passivos. Outra coisa boa que também está acontecendo é o incentivo à busca de alternativas à cultura do fumo e a diversificação no meio rural. Vemos, com alegria, muitas famílias migrarem, lentamente, da cultura do fumo para outras culturas. Fazem isso de forma progressiva para que suas economias não se sintam abaladas.
Por parte dos municípios, vemos com alegria a preocupação com a diversificação nas bases de suas economias. Aos poucos estão surgindo novas empresas que diminuem a importância das fumageiras na economia e na geração de emprego. É um caminho lento, mas incentivamos os municípios a não desistirem.
Junto com isso também apoiamos e incentivamos o combate ao contrabando de cigarros, cientes de que o contrabando, além de prejudicar os agricultores e as empresas locais, também é uma ameaça à saúde pública por falta de certificação de origem.
Aproveitemos, pois, o dia 31 de maio, para nos conscientizarmos sobre os malefícios do cigarro. Por amor à nossa saúde, evitemos o consumo de cigarro. Empenhemo-nos na busca de alternativas para o cultivo do tabaco, mas também colaboremos para inibir o contrabando de cigarros, cientes de que este é um dos grandes males para a nossa região. E que o Deus em quem acreditamos, que é solidário com o sofrimento dos seus filhos e filhas, nos aponte o caminho a percorrer!
Pe. Zeno Rech
Administrador Diocesano