Caros diocesanos. Junho é considerado o mês dos santos e nós queremos dedicar algumas mensagens sobre este tema da santidade. Já sabemos que o culto dos santos começou lentamente na Igreja com a celebração dos mártires e depois houve alargamentos. O culto primitivo era cristocêntrico, com características importantes: de louvor, de alegria, de vitória, de esperança e adquiriu continuidade.
Com a progressiva transladação de relíquias surgiram consequências para o culto dos santos: universalização e mudança no sentido teológico: antes, Deus é louvado através da vida e morte dos santos e santas, que se tornaram exemplos, testemunhas; agora, se vai ao encontro das relíquias para obter milagres; pede-se ajuda a Deus através da relíquia do santo ou santa, que é invocado para interceder favores junto a Deus. Esta visão se fortificou e chegou até nossos dias, sobretudo pela religiosidade popular. É aqui que muitas vezes somos criticados pelos excessos de valorização de objetos religiosos, especialmente, de imagens. Não adoramos imagens; as veneramos e respeitamos porque representam a figura de quem é nosso modelo e intercessor. É como manifestar carinho e respeito para com a fotografia de nossa mãe ou outra pessoa que estimamos, mesmo sabendo que a foto não é a mãe, mas a representa e sua figura a evoca.
Outro aspecto que merece nossa atenção é o reconhecimento oficial dos santos pela Igreja (processo de beatificação e canonização). No primeiro milênio a comunidade, presidida por seu bispo, declarava alguém santo ou santa e como tal podia receber veneração. Mesmo que o termo canonização surgisse depois de 1120, já na passagem do primeiro milênio, percebe-se que os bispos sempre mais apelam à autoridade do papa para confirmar a elevação de alguém à santidade dos altares. Em 1171 o papa Alexandre III emite decreto que exige a aprovação da Igreja de Roma para prestar culto religioso a alguém, suposto como santo ou santa. Hoje são três os critérios principais da santidade: martírio, virtude heroica, milagres. É importante considerar que os santos canonizados são apenas algumas testemunhas que a Igreja apresenta oficialmente aos fiéis como modelos e intercessores, mas o seu número é ilimitado e que só Deus conhece em sua misericórdia. Na vida eterna, certamente, teremos muitas surpresas nesse particular.
Torna-se hoje um tanto difícil explicar o verdadeiro sentido da intercessão dos santos e santas, pois nossa maneira de cultuá-los foi distorcida por demais do sentido original. Nós não prestamos culto aos santos, vendo neles meninos de recado ou intermediários para nossos pedidos secretos a Deus. Ele já os conhece, mesmo antes de apresentá-los. Precisamos entender que somos um povo amado e salvo por Deus e convidado a viver essa realidade do amor em relação a Ele e aos irmãos. Amando a Deus, amamos também os irmãos; amando os irmãos, amamos também a Deus. Nos santos o plano de amor de Deus já é uma realidade definitiva: eles estão unidos a Deus. Invocando e exaltando a eles, nós louvamos e suplicamos Deus. Eles estão unidos a Deus. Existem em Deus que é o único salvador. Poderíamos então dizer que o amor de Deus os fez nossos irmãos santos/santas. Eles vivem unidos a Deus e continuam ligados ao corpo da Igreja; por isso também nos ligam a Deus e trazem mais perto de nós o modo de ser de Deus, isto é, são nossos intercessores e nossos modelos. É o que nos lembra o Prefácio dos Santos I: “Nos vossos santos e santas ofereceis um exemplo para a nossa vida, a comunhão que nos une, a intercessão que nos ajuda”. O Prefácio dos Santos II reza que recebemos deles “...a intercessão fraterna, que nos ajuda a trabalhar pela realização de vosso Reino”. Santos e santas de Deus, intercedei por nós!
Com a progressiva transladação de relíquias surgiram consequências para o culto dos santos: universalização e mudança no sentido teológico: antes, Deus é louvado através da vida e morte dos santos e santas, que se tornaram exemplos, testemunhas; agora, se vai ao encontro das relíquias para obter milagres; pede-se ajuda a Deus através da relíquia do santo ou santa, que é invocado para interceder favores junto a Deus. Esta visão se fortificou e chegou até nossos dias, sobretudo pela religiosidade popular. É aqui que muitas vezes somos criticados pelos excessos de valorização de objetos religiosos, especialmente, de imagens. Não adoramos imagens; as veneramos e respeitamos porque representam a figura de quem é nosso modelo e intercessor. É como manifestar carinho e respeito para com a fotografia de nossa mãe ou outra pessoa que estimamos, mesmo sabendo que a foto não é a mãe, mas a representa e sua figura a evoca.
Outro aspecto que merece nossa atenção é o reconhecimento oficial dos santos pela Igreja (processo de beatificação e canonização). No primeiro milênio a comunidade, presidida por seu bispo, declarava alguém santo ou santa e como tal podia receber veneração. Mesmo que o termo canonização surgisse depois de 1120, já na passagem do primeiro milênio, percebe-se que os bispos sempre mais apelam à autoridade do papa para confirmar a elevação de alguém à santidade dos altares. Em 1171 o papa Alexandre III emite decreto que exige a aprovação da Igreja de Roma para prestar culto religioso a alguém, suposto como santo ou santa. Hoje são três os critérios principais da santidade: martírio, virtude heroica, milagres. É importante considerar que os santos canonizados são apenas algumas testemunhas que a Igreja apresenta oficialmente aos fiéis como modelos e intercessores, mas o seu número é ilimitado e que só Deus conhece em sua misericórdia. Na vida eterna, certamente, teremos muitas surpresas nesse particular.
Torna-se hoje um tanto difícil explicar o verdadeiro sentido da intercessão dos santos e santas, pois nossa maneira de cultuá-los foi distorcida por demais do sentido original. Nós não prestamos culto aos santos, vendo neles meninos de recado ou intermediários para nossos pedidos secretos a Deus. Ele já os conhece, mesmo antes de apresentá-los. Precisamos entender que somos um povo amado e salvo por Deus e convidado a viver essa realidade do amor em relação a Ele e aos irmãos. Amando a Deus, amamos também os irmãos; amando os irmãos, amamos também a Deus. Nos santos o plano de amor de Deus já é uma realidade definitiva: eles estão unidos a Deus. Invocando e exaltando a eles, nós louvamos e suplicamos Deus. Eles estão unidos a Deus. Existem em Deus que é o único salvador. Poderíamos então dizer que o amor de Deus os fez nossos irmãos santos/santas. Eles vivem unidos a Deus e continuam ligados ao corpo da Igreja; por isso também nos ligam a Deus e trazem mais perto de nós o modo de ser de Deus, isto é, são nossos intercessores e nossos modelos. É o que nos lembra o Prefácio dos Santos I: “Nos vossos santos e santas ofereceis um exemplo para a nossa vida, a comunhão que nos une, a intercessão que nos ajuda”. O Prefácio dos Santos II reza que recebemos deles “...a intercessão fraterna, que nos ajuda a trabalhar pela realização de vosso Reino”. Santos e santas de Deus, intercedei por nós!
Dom Aloísio Alberto Dilli
Bispo de Santa Cruz do Sul
Bispo de Santa Cruz do Sul