Entre os dias 06 a 15 tive a graça de participar, como Administrador Diocesano, da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em Aparecida do Norte, São Paulo. Foi uma experiência muito interessante, onde pude conviver e conversar com os bispos de todo o Brasil. Pude, com isso, sentir mais de perto o que se passa nas dioceses e tomar contato com a realidade da Igreja no Brasil.
A Assembleia começou com a celebração da Eucaristia na Basílica Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A celebração foi presidida pelo presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha, acompanhado do vice-presidente Dom Murilo Krieger e do secretário geral Dom Leonardo Steiner. Foi a oportunidade de invocar as luzes do Espírito Santo e colocar a Assembleia sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil.
O Núncio Apostólico, em sua fala inicial, agradeceu a dedicação e presença dos 320 Bispos que abnegadamente deixaram suas Dioceses para estarem em comunhão com o episcopado brasileiro e em sintonia com o Papa. Na verdade, foi isso que consegui perceber nos dez dias da Assembleia: harmonia, fraternidade e respeito uns para com os outros.
O tema central foi o documento: CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA IGREJA E NA SOCIEDADE – Sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14). Na introdução, os bispos dizem: “É com alegria e admiração que, mais uma vez, nós, bispos e pastores da Igreja de Cristo, nos dirigimos aos cristãos leigos e leigas, agradecidos pelo testemunho de sua fé, pelo amor e dedicação à Igreja e pelo entusiasmo com que se doam ao nosso povo e às nossas comunidades, até o sacrifício de si,de suas famílias e de suas atividades profissionais.”
Um segundo tema que foi intensamente abordado foi a Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”, do Papa Francisco. O documento dá continuidade ao ensinamento da Igreja sobre o sacramento do matrimônio. A grande novidade são as pistas pastorais com insistência na misericórdia. Em seus nove capítulos, o documento insiste em sermos pastores misericordiosos, acolhendo os casais desintegrados e feridos como membros integrantes da Igreja. Nossa atitude não deve ser de condenação, mas sim de acolhida.
Vários outros assuntos foram tratados ao longo destes dez dias. Eu, pessoalmente, voltei cansado mas também muito edificado na certeza de que a Igreja no Brasil está conseguindo levar em frente o projeto de formar discípulos missionários para Jesus Cristo. Dom Canísio e vários outros bispos pediram que transmitisse saudações ao povo da Diocese de Santa Cruz do Sul. Disseram que continuam a rezar para que a nomeação do novo bispo para Santa Cruz chegue logo.
Pe. Zeno Rech
Administrador Diocesano