Estamos na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. No domingo passado tivemos uma significativa celebração na catedral São João Batista, onde padres e pastores se uniram em oração junto com fiéis das três Igrejas de Santa Cruz do Sul que participam do Fórum das Igrejas Cristãs, a saber: Igreja Católica Romana (ICAR), Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). No próximo domingo, as mesmas igrejas estarão reunidas na Igreja Evangélica Centro (IECLB), para assim concluirmos os atos da semana.
As mesmas celebrações que acontecem em Santa Cruz do Sul, também acontecem em outras cidades da nossa região. Os objetivos são sempre os mesmos: rogar a Cristo o dom da unidade; firmar os laços de unidade entre as Igrejas; e testemunhar perante o mundo a unidade que já existe entre nós.
Na Igreja Católica, a caminhada ecumênica foi impulsionada pelo Concílio Vaticano II, particularmente com a publicação Unitatis Redintegratio, ou seja, a Reintegração da Unidade. Aí se afirma que “resguardando a unidade nas coisas necessárias, todos na Igreja, segundo o múnus dado a cada um, conservem a devida liberdade, tanto nas várias formas de vida espiritual e de disciplina, quanto na diversidade de ritos litúrgicos, e até mesmo na elaboração teológica da verdade revelada. Mas em tudo cultivem a caridade” (n. 4). Mais adiante (n. 8) diz que “as preces particulares e públicas pela unidade dos cristãos, devem ser tidas como a alma de todo o movimento ecumênico”.
A partir do Vaticano II, o movimento ecumênico deu grandes passos, sendo que hoje é bastante comum fazermos celebrações ecumênicas e realizarmos atividades conjuntas, como foi a última Campanha da Fraternidade. Em nível de Brasil, a CNBB adotou a prática de, a cada ano, durante a Assembléia Anual dos Bispos, realizar uma celebração ecumênica, para a qual são convidados pastores de várias Igrejas.
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, neste ano, tem como tema “Chamados e chamadas a proclamar os altos feitos do Senhor” (1 Pe 2,9). O destaque são os cristãos da Letônia que foram perseguidos durante muitos anos, mas hoje, por causa da sua resistência, celebram o pacífico “convívio entre diferentes expressões de fé”.
Assim cientes de que, pelo batismo, nos tornamos filhos e filhas de Deus, precisamos assumir “posturas de diálogo e de acolhida, em especial, com as pessoas que são diferentes de nós: de outras igrejas, religiões e culturas”.
Peçamos, pois, ao Espírito Santo os dons da unidade e do entendimento, para assim conseguirmos proclamar ao mundo os altos feitos realizados pelo Senhor!
Pe. Zeno Rech
Administrador Diocesano