No segundo domingo de agosto, enquanto comemoramos o Dia dos Pais. celebramos a vocação da família. Nos dias que se seguem, comemoramos a Semana Nacional da Família que, neste ano, tem por tema “A misericórdia na família: dom e missão”.
No folder distribuído pela Pastoral Familiar da Diocese de Santa Cruz do Sul, faz-se memória de uma citação do Papa Francisco de que “não existe família perfeita. Não temos pais perfeitos, não somos perfeitos, não nos casamos com uma pessoa perfeita, nem temos filhos perfeitos. Por isso, não há casamento saudável, nem família saudável, sem o exercício do perdão. Sem o perdão a família se torna uma arena de conflitos e um reduto de mágoas”.
Todos nós somos testemunhas de que, sem o exercício do perdão, não existe possibilidade de convivência. Isso acontece entre os casais, entre pais e filhos, entre irmãos e entre diferentes famílias nas comunidades. É por isso que, já no começo da era crista, São Paulo pedia aos irmãos da comunidade de Colossos que se revestissem “de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência” suportando-se uns aos outros e perdoando-se mutuamente na medida em que um tivesse “queixa contra o outro” (Cl 3,12-17).
A sociedade atual está perdendo a capacidade de perdoar. Introjetou-se, por demais a idéia de que, “se não der a gente se separa” e cada um toma o seu próprio caminho. É por isso que aumenta tanto o número de casais separados, de crianças abandonadas e de idosos sem o amparo dos filhos. Estamos perdendo a capacidade do diálogo e, por extensão, do perdão e da misericórdia. Daí, a conclusão do Papa: “a família precisa ser lugar de vida e não de morte; território de cura e não de adoecimento; palco de perdão e não de culpa. O perdão traz alegria onde a mágoa produziu tristeza; cura, onde a mágoa causou doença”.
Saudamos, com muito carinho, as famílias que se reúnem, neste final de semana, para comemorarem o Dia do Papai. Ao mesmo tempo as convidamos a aproveitarem o momento para firmarem os laços de fraternidade e bem querer. Se um filho tiver alguma mágoa contra seu papai, aproveite o Ano da Misericórdia para ir ao seu encontro e lhe dar o abraço do perdão. Não deixemos passar o Dia dos Pais sem dar um beijo ou, ao menos, um telefonema para aquele que, junto, com a mamãe, “nos gerou e alimentou”. E, mais do que isto, se tivermos a ocasião, unamo-nos em oração para pedir a benção de Deus para as nossas famílias.
Deus abençoe os nossos pais e proteja as nossas famílias!
Pe. Zeno Rech
Administrador Diocesano