Caros diocesanos.
Na mensagem anterior refletimos sobre a história do surgimento do santo rosário
(terço), como oração contemplativa muito difundida na Igreja. Hoje
apresentaremos uma síntese da posição do magistério sobre esta forma de
expressão orante, tão cara à piedade popular, desde seu surgimento até nossos
dias.
O magistério da
Igreja tem dado grande destaque à oração do rosário, através dos séculos, ora
para alimentar a piedade dos fiéis, ora como meio para buscar proteção e
soluções, sobretudo em épocas de crise e de dificuldade.
O Papa S. Pio V
considerou a vitória naval de Lepanto,
contra os turcos (1571), como graça obtida pela oração do rosário. O mesmo Pontífice
instituiu a festa do santo rosário - Santa Maria da Vitória - para sete de
outubro (data da batalha), dando-lhe grande difusão. Clemente XI (1716)
estendeu a festa para toda a Igreja. Na seqüência, outros Papas recomendaram
vivamente a oração do rosário, antes e depois do Concílio Ecumênico Vaticano II:
·
Leão XIII afirmou: “Queira
Deus – é um ardente desejo nosso – que esta prática de piedade retome em toda
parte o seu antigo lugar de honra!”;
·
S. Pio X veio a dizer: “O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à
Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus”;
·
Pio XI advertiu: “O Rosário é uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios”;
·
Pio XII enfatizou: “Categoricamente não hesitamos em afirmar de público que depositamos
grande esperança no Rosário de Nossa Senhora como remédio dos males do nosso
tempo”;
·
S.
João XXIII lembrava: “O rosário é o
evangelho das pessoas simples”;
·
S.
Paulo VI relacionou o rosário com a liturgia: “O rosário é como que um rebento que germinou sobre o tronco secular da
Liturgia cristã, qual ‘Saltério da Santíssima Virgem’, com que os humildes se
pudessem associar ao cântico de louvor e à intercessão universal da Igreja”;
·
S. João Paulo II ensinava: “O rosário concentra a
profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio... Com
ele, o povo cristão freqüenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na
contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do
seu amor”;
·
Bento
XVI resumia: “O rosário
é a oração dos simples, no qual se podem contemplar os mistérios gozosos,
dolorosos e gloriosos de nosso Senhor”;
·
Também
o Papa Francisco tem partilhado sua experiência: “O terço é a oração que acompanha todo o
tempo da minha vida. É também a oração dos
simples e dos santos. É a oração do meu coração”.
Assim percebemos quanto o magistério da Igreja valoriza o
santo rosário (terço), através dos tempos. Os pontífices confirmam o sentido profundo
e a atualidade desta forma de oração contemplativa, sobretudo dos simples, mas
também dos devotos de todas as classes sociais, que desejam viver na escola de
Maria.
Que Maria, Nossa Mãe, ao acolher a oração do rosário ou terço
de nosso povo devoto, estenda seu manto materno e nos conduza ao encontro de
seu Filho Jesus Cristo.
Dom Aloísio Alberto Dilli – Bispo de Santa Cruz do Sul