Palavra do Bispo voltar
13/06/2023 - A ORAÇÃO DO ROSÁRIO (TERÇO) - II


Caros diocesanos. Na mensagem anterior refletimos sobre a história do surgimento do santo rosário (terço), como oração contemplativa muito difundida na Igreja. Hoje apresentaremos uma síntese da posição do magistério sobre esta forma de expressão orante, tão cara à piedade popular, desde seu surgimento até nossos dias.

O magistério da Igreja tem dado grande destaque à oração do rosário, através dos séculos, ora para alimentar a piedade dos fiéis, ora como meio para buscar proteção e soluções, sobretudo em épocas de crise e de dificuldade.

O Papa S. Pio V considerou a vitória naval de Lepanto, contra os turcos (1571), como graça obtida pela oração do rosário. O mesmo Pontífice instituiu a festa do santo rosário - Santa Maria da Vitória - para sete de outubro (data da batalha), dando-lhe grande difusão. Clemente XI (1716) estendeu a festa para toda a Igreja. Na seqüência, outros Papas recomendaram vivamente a oração do rosário, antes e depois do Concílio Ecumênico Vaticano II:

·         Leão XIII afirmou: Queira Deus – é um ardente desejo nosso – que esta prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra!”;

·         S. Pio X veio a dizer: “O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus”;

·         Pio XI advertiu: “O Rosário é uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios”;

·         Pio XII enfatizou: “Categoricamente não hesitamos em afirmar de público que depositamos grande esperança no Rosário de Nossa Senhora como remédio dos males do nosso tempo”;

·         S. João XXIII lembrava: “O rosário é o evangelho das pessoas simples”;

·         S. Paulo VI relacionou o rosário com a liturgia: “O rosário é como que um rebento que germinou sobre o tronco secular da Liturgia cristã, qual ‘Saltério da Santíssima Virgem’, com que os humildes se pudessem associar ao cântico de louvor e à intercessão universal da Igreja”;

·         S. João Paulo II ensinava: “O rosário concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio... Com ele, o povo cristão freqüenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor”;

·         Bento XVI resumia: “O rosário é a oração dos simples, no qual se podem contemplar os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos de nosso Senhor”;

·         Também o Papa Francisco tem partilhado sua experiência: “O terço é a oração que acompanha todo o tempo da minha vida. É também a oração dos simples e dos santos. É a oração do meu coração”.

Assim percebemos quanto o magistério da Igreja valoriza o santo rosário (terço), através dos tempos. Os pontífices confirmam o sentido profundo e a atualidade desta forma de oração contemplativa, sobretudo dos simples, mas também dos devotos de todas as classes sociais, que desejam viver na escola de Maria.

Que Maria, Nossa Mãe, ao acolher a oração do rosário ou terço de nosso povo devoto, estenda seu manto materno e nos conduza ao encontro de seu Filho Jesus Cristo.

Dom Aloísio Alberto Dilli – Bispo de Santa Cruz do Sul