No domingo, dia 28 de junho, a Igreja Católica celebra a festa de São Pedro e comemora o Dia do Papa. A associação se faz pelo fato de entendermos que Francisco é sucessor direto do apóstolo Pedro na direção da Igreja de Roma.
Conforme relato dos livros do Novo Testamento, o apóstolo Pedro ocupou o posto de líder no grupo dos doze e na Igreja primitiva. Os evangelistas relatam que a sua profissão de fé – “Tu és o Messias, o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16) – serviu de pedra fundamental sobre a qual foi edificada a Igreja Cristã. No domingo de Pentecostes, impulsionado pelo vento do Espírito Santo, Pedro tomou a palavra e fez o primeiro discurso apostólico para a multidão que se reunira em Jerusalém (At 2,14-36). Quando Paulo sentiu o chamado de Deus para ser apóstolo, passou quinze dias na companhia de Pedro com o objetivo de se inteirar da vida e obras de Jesus de Nazaré (Gal 1,18). E foi novamente Pedro que, através de suas palavras, encaminhou a solução para o dilema da ligação entre judaísmo e cristianismo proposto por Paulo e Barnabé (At 15,7-11).
A tradição cristã diz que Pedro foi martirizado em Roma, junto com Paulo. É assim que ele é reverenciado como o primeiro bispo de Roma, sendo que os seus sucessores, na qualidade na qualidade de bispos de Roma, ocupam o posto de Papa. A unidade da Igreja Católica é garantida pela ligação das dioceses e comunidades com a fé do Bispo de Roma: a mesma fé que é professada pelo Papa também é professada pelas comunidades católicas presentes nos quatro cantos do mundo. A mesma fé que hoje é professada pelo Papa Francisco é professada por todos os cristãos católicos. E é aí que está o segredo da unidade da Igreja. Nenhum ser humano pode se declarar membro da “Igreja Católica Romana” se não estiver sintonizado com o Papa nas questões primordiais da fé e da moral. É por isso que as palavras do Papa, como foi a sua recente encíclica – Laudato si - sobre o meio ambiente, obtém tanta repercussão no mundo.
Convido, assim, os membros das nossas comunidades católicas a que se mantenham sintonizados com o nosso papa. Suas palavras são sábias e, certamente, inspiradas por Deus. Por vezes são palavras desafiadoras, como o convite a sermos uma “Igreja de saída”, ou a renovarmos “o diálogo sobre a maneira como estamos a construir o planeta”, porque “o desafio ambiental que vivemos, e suas raízes humanas dizem respeito e tem impacto sobre todos nós”.
Fiéis à fé professada por São Pedro, de que Jesus é “o Cristo, o Filho do Deus vivo”, mantenhamo-nos unidos na mesma fé professada pelo sucessor de Pedro, o Papa Francisco, e peçamos as luzes do alto para seguir a levar a boa nova do Evangelho a todos os povos.
Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano