No dia 10 de janeiro celebramos o Batismo de Jesus. Com isso também concluímos o ciclo de celebrações ligadas ao Natal e, liturgicamente, entramos no Tempo Comum.
A partir do momento em que Jesus foi batizado, sua voz começou a ser escutada, porque se entendeu que Ele era o “Filho amado de Deus Pai” (Mt 3,17). Desde então Jesus começou a formar o seu grupo de discípulos e saiu a pregar a conversão, anunciando a chegada do Reino dos Céus e, antes de ser arrebatado para o céu, enviou os apóstolos a fazerem “discípulos entre todas s nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19).
É assim que o batismo se tornou o rito de incorporação das pessoas na comunidade cristã, comprometendo-as a serem discípulas e missionárias de Jesus Cristo.
Entre os batizados, Deus chama algumas pessoas para permanecerem mais próximas a Ele e assim serem enviadas a anunciar a Boa Nova para além da sua comunidade de origem (Mc 3,14). São os padres e religiosos, que “abandonam pai, mãe e filhos” para melhor poderem servir ao Reino de Deus.
Foi isso que fez o Pe. Miguel Ody, de quem nos despedimos no domingo passado, em Santa Clara do Sul. Desde cedo ele abraçou a vida religiosa, tornando-se irmão lassalista. Mais tarde, em 1971, aceitou o chamado do Mestre para seguir a vocação sacerdotal e tornou-se padre da Diocese de Santa Cruz do Sul.
Pe. Miguel faleceu aos 93 anos de idade, deixando como marca a jovialidade e o seu testemunho de alegria. A ele sempre seremos gratos pelos belos trabalhos realizados como pároco, vigário paroquial, formador de seminaristas e animador vocacional. Deus o tenha junto de si.
Também é praxe que no começo de cada ano aconteçam algumas transferências de padres. Quando isso acontece, os padres são convidados a renovarem o ardor que os levou a abraçarem a vida sacerdotal, e assim assumirem suas novas funções em favor do Reino de Deus. Por isso, nas próximas semanas, estaremos dando posse aos novos párocos, vigários paroquiais e formadores dos seminários. Tudo isso para que, ao iniciar a quaresma, todos possam estar em suas funções. Pedimos às comunidades que acolham os padres que vem e os ajudem a serem fiéis mensageiros da Boa Nova do Evangelho de Jesus Cristo.
Faço votos de que o ano de 2016, quando celebramos o Ano Santo da Misericórdia, seja um ano de renovação da fé batismal e aprofundamento da vida cristã. Aproveito para saudar com muito carinho ao Pe. Clécio José Henckes que neste domingo celebra seus 25 anos de ordenação sacerdotal. Que Pe. Clécio e todas as pessoas batizadas se sintam, assim como Jesus Cristo, “filhos amadas de Deus Pai”.
Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano