Nesta semana celebramos o mistério central de nossa fé: paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Mais do que em qualquer outra período, a afirmação do Credo de que “Jesus Cristo padeceu, morreu, foi sepultado e ressuscitou” é ecoada nas celebrações das nossas igrejas. Tudo começa no domingo de ramos, quando fazemos memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado num jumentinho e aclamado pelo povo como “rei dos judeus”. Na sequencia vieram os conflitos com as autoridades que motivaram a última Ceia com os discípulos. Durante a ceia Jesus nos deixou o mandamento do amor fraterno: “O que eu vos mando, é que vos ameis uns aos outros” (Jo 15,17). Depois, no Jardim das Oliveiras, Jesus foi preso com o auxílio de Judas Iscariotes.
Começou aí um perverso processo, aonde não foi dada nenhuma oportunidade para que o réu se defendesse. Condenado a morrer na cruz por Pôncio Pilatos, Jesus foi flagelado, coroado com uma coroa de espinhos e obrigado a carregar a cruz até o Monte Calvário. Crucificado, penou durante três horas, até dar o último suspiro e entregar ao Pai o seu espírito. Antes de morrer ainda suplicou: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34).
Porém, quando seus inimigos imaginaram que tudo havia acabado, Jesus ressuscitou e se manifestou a Maria Madalena, aos apóstolos e à comunidade reunida em vigília. Foi aí que surgiu a fé cristã: “Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou” (Lc 24,5). “Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão” (Lc 24,34).
Está aí a centralidade da nossa fé, que vem a ser a passagem da morte para a vida, da escravidão para a liberdade, das trevas para a luz, da tristeza para a alegria, da incredulidade para a fé, da angústia para a paz. Em todas as celebrações eucarísticas fazemos memória da ressurreição de Cristo e nos motivamos a lutar contra todas as situações de pecado, para assumirmos as obras do bem com a graça divina.
Vivamos, pois, com intensidade as celebrações do Tríduo Pascal. Aproveitemos estes dias para entrar na intimidade do grande Mistério da nossa Fé. Acompanhemos Jesus na paixão e na morte, para assim também podermos ressuscitar com Ele no Domingo da Páscoa. E não deixemos de rezar pela nossa Diocese. Peçamos que Deus ilumine o Papa Francisco para que consiga logo um Bispo para nós.
Saúdo, assim, pela primeira vez como Administrador Diocesano, as comunidades com suas lideranças, convidando-as a caminharem unidas na fé e na esperança. E desejo a todos uma Feliz e Abençoada Páscoa com os olhos voltados para o rosto da misericórdia do Pai, que é Jesus em sua paixão, morte e ressurreição. Feliz Páscoa!
Pe. Zeno Rech
Administrador Diocesano