Estamos
chegando ao final da 53ª Assembléia Geral da CNBB. Muitos foram os trabalhos
realizados e as discussões levadas a efeito. Ao final, chegamos a importantes
decisões que passarão a iluminar o trabalho da Igreja no Brasil daqui em frente.
Uma das
coisas bonitas que temos na nossa Igreja é o sentimento de comunhão que existe
entre nós. Em muitas oportunidades, ao longo da Assembléia, foram citados o
Concílio Ecumênico Vaticano II e as palavras do Papa Francisco. Também foram
lembradas decisões tomadas em assembléias anteriores, assim como a caminhada
histórica realizada pela Igreja no Brasil. Isso não quer dizer que não tivesse
havido discussões sobre temas candentes da realidade, uma vez que os
participantes foram incentivados a manifestarem seus pontos de vista, mesmo que
estes estivessem em desacordo com o entendimento da maioria dos bispos. Aliás,
na Assembléia da CNBB costumamos dizer que o nosso regime não se orienta pela
democracia, mas pela comunhão. Por isso, os temas propostos são discutidos até
a exaustão, com o intuito de chegarmos a um consenso onde não há vencedores e nem
vencidos.
Na 53ª
Assembléia Geral da CNBB, além de firmarmos as Diretrizes Gerais da Igreja no
Brasil, também elegemos a nova presidência e os presidentes das doze comissões
episcopais de pastoral. Entendemos que, para podermos agir como “corpo”, precisamos
ter uma cabeça. E isso exige que alguns bispos façam um sacrifício especial, já
que não temos bispo “liberado” para assumir as funções de coordenação.
Elegemos,
assim, o arcebispo de Brasília, Dom Sérgio Rocha para ser o nosso presidente.
Para vice-presidente elegemos Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA). E,
para a função de secretário geral reconduzimos Dom Leonardo Steiner, bispo
auxiliar de Brasília. Entendemos que, desta forma, facilitaremos os trabalhos
da presidência, uma vez que a sede da CNBB está em Brasília. Os presidentes das
Comissões Episcopais foram eleitos de acordo com sua qualificação ou manifesto
interesse.
É
importante ressaltar que o mesmo que se dá com a CNBB em nível nacional, também
acontece nas dioceses e paróquias. Para
poder funcionar de forma articulada, a Diocese pede a alguns padres um
sacrifício especial para assumirem funções de coordenação e assessoria em
setores de pastoral. Nas paróquias se pede que algumas lideranças das
comunidades participem dos conselhos ou assumam serviços de animação em nível
paroquial. Sem esta articulação deixaríamos de ser “católicos” e nos
transformaríamos em pequenas “seitas” sem referência em nível de Diocese, país
e mundo. Seríamos uma Igreja sem comunhão.
Atendendo aos
pedidos, rezemos pela nova presidência da CNBB e pelo nosso Papa, para sejam
iluminados em sua missão.
Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano