Na Exortação Apostólica Amoris Laetitia - “Sobre o Amor na Família” (n. 172), o Papa Francisco afirma que “toda criança tem direito a receber o amor de uma mãe e de um pai, ambos necessários para o seu amadurecimento íntegro e harmonioso”.  

Preocupado com o crescente número de crianças que tem pouca presença da mãe, Francisco afirma que “o enfraquecimento desta presença é um risco grave para a nossa terra”, porque “as mães são o antídoto mais forte contra o propagar-se do individualismo egoísta”. “Uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunhar sempre, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral. As mães transmitem, muitas vezes, também o sentido mais profundo da prática religiosa: nas primeiras orações, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende. Sem as mães, não somente não haveria novos fiéis, mas a fé perderia boa parte do seu calor simples e profundo” (n. 174).

Às palavras do Papa, acrescento que “sem as mães não teríamos padres e nem bispos”. É o que nos foi testemunhado no encontro dos padres com seus pais no dia 30 de abril. É o que também está expresso numa bela página do Jornal Integração do mês de maio, onde cinco padres falam sobre a importância da mãe na sua vida de cristãos e de padres.

A necessidade do amor da mãe ganha reforço na mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que também celebramos neste domingo. A mensagem fala do fecundo encontro entre comunicação e misericórdia, convidando-nos a “voltar com o pensamento para as nossas primeiras experiências de relação no seio da família. Os pais amavam-nos e apreciavam-nos mais pelo que somos do que pelas nossas capacidades e os nossos sucessos”.  Na família aprendemos a escutar, amar e acolher, habilitando-nos “a pensar a sociedade humana não como um espaço onde estranhos competem e procuram prevalecer, mas antes como uma casa ou uma família onde a porta está sempre aberta e se procura aceitar uns aos outros”.

Em nome da Diocese saúdo a todas as mães. De maneira especial saúdo as mães que, além do zelo para com os filhos e o lar, também zelam pela fé cristã, dedicando parte do seu tempo para os serviços comunitários. Com o Papa Francisco, digo: “Queridas mães, obrigado, obrigado por aquilo que sois na família e pelo que dais à Igreja e ao mundo” (n. 174).

E a vocês, profissionais da Comunicação, obrigado pela parceria que firmamos na propagação do evangelho. Sigamos unidos na tarefa de comunicar com misericórdia, contribuindo, desta forma “para a boa, livre e solidária proximidade entre os filhos de Deus e irmãos em humanidade”.