Nas próximas semanas alguns padres da Diocese de Santa Cruz do Sul estarão trocando de residência e assumindo novas funções pastorais. Tudo acontece para melhorar o atendimento pastoral ao povo de Deus e dar melhores condições de trabalho aos padres.
Os padres, ao serem ordenados, automaticamente são incorporados em alguma diocese ou congregação religiosa. Além das duas congregações religiosas que cedem padres para ajudarem no atendimento ao povo de Deus na Diocese de Santa Cruz do Sul, contamos com um razoável número de padres diocesanos, isto é, padres que foram ordenados para servirem a Igreja na Diocese de Santa Cruz do Sul. Ao incardiná-los, a Diocese assumiu responsabilidade por eles, garantindo-lhes sustento e amparo. Eles, por sua vez, se comprometeram em colocar sua vida a serviço das comunidades locais. Não significa isso que eles não possam trabalhar em outro lugar. Na medida em que se manifestarem necessidades especiais em outras regiões do Brasil ou em outros países, eles serão convidados a irem trabalhar naquela região. Foi este o caso dos padres que trabalharam nas igrejas irmãs do Mato Grosso e em importantes setores da CNBB. Foi também o caso daqueles padres que se prontificaram a trabalhar em outra Diocese a partir da constatação de que eram dioceses onde havia grande falta de padres. E é também o caso dos padres que são cedidos como professores para a Universidade onde estudam os nossos seminaristas.
Dito isto, voltemos aos padres que assumem novas funções dentro da Diocese de Santa Cruz do Sul nas próximas semanas. Eles são pessoas humanas e tem os mesmos sentimentos que todas as outras pessoas. Nos lugares aonde eles vivem, também costumam criar laços de amizade e relações sociais, o que, aliás, também influencia positivamente no trabalho pastoral. Por isto, ao trocarem de residência e trabalho, é comum os padres serem tocados por sentimentos de separação. Alguns são mais sensíveis a isto do que outros. O que vale, nestas horas, é a consciência da missão assumida. Ninguém foi ordenado padre para si, para sua família ou para uma comunidade específica. Mais uma vez lembramos que fomos ordenados para servir ao povo de Deus naqueles lugares para onde a Igreja nos chamar.
Por tudo isto, pedimos o apoio das comunidades para ajudarem os padres a bem realizarem a sua missão. Como bispo, posso garantir que eles estão indo com alegria e muitas esperanças. E se a Igreja os nomeou para uma nova função é porque acredita em suas qualidades e entende que isto é o que de melhor pode ser feito, no momento, para levar em frente a missão evangelizadora que nos foi confiada pelo Mestre Jesus.
Enquanto confio que o povo estará sendo muito bem servido com o padre que lhe é designado, desejo aos padres feliz missão e que não tenham medo em organizar o trabalho junto com as lideranças e o povo das comunidades. Na soma de forças, e com as luzes do Divino Espírito Santo, as comunidades crescem e o Reino de Deus vai se tornando mais real.
Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano