No domingo, dia 19 de junho, a Igreja celebra o Dia do Migrante. Sintonizados com a Campanha da Fraternidade de 2016 que alertou sobre a responsabilidade de todos para com a nossa casa comum, os organizadores propõe que a reflexão do dia do migrante aborde a temática “migração e ecologia”.
É inegável que um dos fatores determinantes para a migração é a degradação ambiental, que impede às famílias de continuarem a tirar o seu sustento da terra. Outras famílias migram por causa das enchentes que, seguidamente, atingem suas casas. Outras ainda migram em busca de um ar mais puro, já que a poluição está tornando a vida insuportável em algumas das nossas cidades.
Junto com outros, todos estes são fatores determinantes para a migração. Muitos poderiam ser evitados se houvesse maior zelo para com o meio ambiente.
Na Diocese de Santa Cruz do Sul existem regiões onde as comunidades estão fechando por causa da ausência de moradores. Outras regiões são afetadas pela imigração, com a acelerada chegada de novos moradores que nem sempre encontram a devida acolhida na Igreja por causa da falta de preparo das comunidades.
Em alguns casos, os novos moradores ocupam áreas que seriam de preservação ambiental. Outros se alojam em loteamentos clandestinos ou sem saneamento básico, contribuindo, assim, para a deterioração das águas dos rios e poluição do ar. Muitos estão morando nos novos condomínios residenciais construídos pelo projeto habitacional do governo federal. Desnecessário dizer que, na maioria dos casos, estas novas habitações não foram edificadas para propiciar uma saudável convivência das pessoas com o meio ambiente.
Frente a tudo isso, convidamos as comunidades cristãs a que aproveitem o Dia Nacional do Migrante para reverem a situação dos migrantes que estão chegando na região, alguns dos quais, inclusive, de outros países. E, conforme nos pede o Pe. João Marcos Cimadon, coordenador da Pastoral da Mobilidade Humana no RS, “vivamos a verdadeira compaixão pelo sofrimento de todos que conosco convivem na casa comum e manifestemos atitudes concretas de solidariedade para o resgate da vida no Planeta”.
Acolhamos os migrantes sem descuidar do meio ambiente.
Pe. Zeno Rech
Administrador Diocesano