No mês de dezembro acontecem muitas confraternizações entre famílias, comunidades, escolas, funcionários de empresas, sindicatos e assim por diante. O objetivo, normalmente, é integrar as pessoas e se alegrar com as vitórias obtidas ao longo do ano.
Celebrar as vitórias e conquistas é algo que faz parte da vida do ser humano. É o que testemunham vários relatos bíblicos, como a festa da colheita, também conhecida como Festa das Tendas, prescrita no Livro do Êxodo (23,16). Era a festa mais alegre de Israel, e da qual Jesus Cristo também participou (Jo 7,2).
A principal característica da festa é a gratuidade. É por isso que, no meu entender, as melhores festas continuam sendo aquelas aonde todos os participantes “se sentem em casa” e colaboram com doações e serviços. É o que normalmente sucede nas festas de confraternização do natal e final de ano.
A Igreja, desde o princípio, incentivou o trabalho gratuito nas comunidades. Sem ele as comunidades se tornariam inviáveis e o trabalho da evangelização não poderia prosperar.
Temos muitas pessoas que, ao longo dos anos, contribuíram para que as comunidades pudessem crescer e as pessoas pudessem ser atendidas em suas necessidades sociais e espirituais. É o que testemunham as belas “igrejas” da região junto com os salões comunitários, as obras sociais e os cemitérios. Por isso valorizamos muito as pessoas que doam parte do seu tempo, dos seus bens ou do seu dinheiro para o trabalho evangelizador.
O trabalho voluntário na Igreja continua, apesar das muitas solicitações da sociedade atual. Assim, no domingo, dia 13 de dezembro, na Igreja Santo Inácio de Lajeado, teremos a alegria de ordenar diácono ao jovem Felipe Bernardon. Em sua juventude, ele se propõe trabalhar para “anunciar o Evangelho a todos os povos”, dando assim, “a vida em nome de Cristo, para as pessoas de nossas comunidades”.
Também no domingo, dia 13 de dezembro, a Igreja no Brasil motiva a Coleta Nacional da Evangelização. O objetivo é angariar fundos para subsidiar os trabalhos da Igreja no Brasil e nas dioceses, uma vez que “nada se faz sem dinheiro”. Na Diocese de Santa Cruz do Sul, incentivamos a que esta coleta seja feita em todas as comunidades, em uma das missas até o Natal, como forma de renovar o “ardor e a responsabilidade dos cristãos na participação da obra da Evangelização”. Destacamos a importância de cada família colaborar com a coleta, uma vez que “Deus ama a quem dá com alegria”.
Motivados pela abertura do Ano Santo da Misericórdia e pela alegria da certeza de que o Natal está próximo, sigamos a colaborar com as nossas comunidades, através de trabalhos e de ofertas, “testemunhando a alegria de sermos Igreja discípula e missionária de Jesus Cristo”.
Dom Canísio Klaus
Bispo Diocesano